Arqueólogos anunciaram nesta sexta-feira
(15) a descoberta de um cemitério que pode abrigar os restos mortais de cerca
de 50.000 pessoas mortas pela Peste Negra em Londres, há mais de 650 anos.
Treze esqueletos dispostos em duas
fileiras foram descobertos 2,5 metros abaixo da rua na área de Farringdon, no
centro de Londres, por pesquisadores que trabalham num projeto de 16 bilhões de
libras (24 bilhões de dólares) para expansão da linha ferroviária.
Registros históricos já haviam indicado
que a área, descrita como "terra de ninguém", teria abrigado um
cemitério estabelecido às pressas para vítimas da peste bubônica, que matou
cerca de um terço da população da Inglaterra após o início do surto, em 1348.
"Nesta fase inicial, a profundidade
das covas, a cerâmica encontrada junto com os esqueletos e a maneira que os
esqueletos foram dispostos, tudo aponta que isso seja parte do território de um
cemitério emergencial do século 14", disse o arqueólogo-chefe do projeto,
Jay Carver.
Registros limitados sugerem que até
50.000 vítimas foram enterradas em menos de três anos no cemitério Farringdon,
enquanto a praga devastava a capital.
Os arqueólogos esperam que os esqueletos,
que foram levados para testes científicos, esclareçam informações sobre o DNA
da praga e confirmem as datas dos sepultamentos.
A descoberta do cemitério pode ser a
segunda descoberta medieval significativa na Inglaterra recentemente, depois de
arqueólogos confirmarem no mês passado que tinham descoberto os restos mortais
do rei Ricardo 3º, que morreu em combate em 1485, debaixo de um estacionamento
na região central do país.
As abras de construção da Crossrail, uma
nova ligação ferroviária por baixo do centro de Londres e o maior projeto de
infraestrutura da Europa, já descobriram esqueletos de mais de 300 covas em um
cemitério perto do local do notório Hospital Bedlam para doentes mentais, no
coração da cidade de Londres.
FONTE: ultimosegundo
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