A festividade de Santo Antônio de Alenquer é um Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará, e ocorre no período de 1º a 13 de junho, onde a comunidade católica alenquerense expressa sua fé em seu padroeiro. Mas a materialidade também se faz presente quando nos reportamos à imponente Igreja Matriz de Santo Antônio.
Segundo Áurea Nina – historiadora alenquerense, a primeira igreja foi construída logo após o “descimento” de parte dos índios de Curuá e do Trombetas para a Aldeia dos Surubiús, em 1729.
Em 1759, com a expulsão das ordens religiosas da Amazônia, todas as Missões foram elevadas à categoria de Vila e canonicamente transformadas em paróquias e coube ao bispo Dom Frei Miguel de Bulhões fornecer o título de paróquia de Santo Antônio à matriz da vila de Alenquer.
Uma das poucas referências sobre essa construção é a do bispo Dom Frei João de São José e Queiroz, quando da sua visita à paróquia de 13 a 17 de fevereiro de 1762, quando afirmou que: “ ... achamos a igreja asseiada e muito boas casas, que foram dos padres da Piedade, no tempo de sua administração.”
Segundo Fulgêncio Simões, em 1849 foi demolida a primeira igreja e iniciada a construção da atual, que foi concluída em 1870. A participação da comunidade católica nessa reconstrução foi marcante com inúmeras doações, dentre as quais a pia batismal. Porém, no dia 19 de junho de 1881, após a celebração da missa, ocorreu um incêndio no altar e queimou várias imagens, inclusive a de Santo Antônio, que foi restaura em Óbidos, em 1910.
Entre 1886 e 1895 a igreja sofreu uma nova reforma totalmente custeada pelas famílias católicas alenquerenses. Alem da doação de materiais de construção também foram doados o altar mor, altares laterais e imagens de santos.
Em outra reforma ocorrida entre 1915 e 1917, coordenada pelo padre Secundo Bruszo, foi instada iluminação à gás acetileno. Em 1929 foram instalados os ladrilhos e a pedra fundamental da igreja. Em 1939 foram instados os pára-raios na torre esquerda. Torre essa que desabou devido um temporal em 1954 e foi recuperada e instalado o sino em 1955.
No ano de 1957 a igreja foi recuperada para a ordenação sacerdotal do padre Raul Tavares, o primeiro sacerdote alenquerense. Em 1970, sob a coordenação de Frei Mário e Frei Martinho, a pia batismal foi trocada de lugar, foram retiradas as mesas laterais do altar e colocados ventiladores no teto.
A última reforma ocorreu entre 2000 e 2001, sob a coordenação dos Missionários do Verbo Divino (SVD), tendo à frente o pároco Kevin Keenan, momento em que a população católica contribuiu com materiais de construção, bancos, mesas, cadeiras, pedras de mármore e a Via Sacra, em estilo espanhol, que substituiu primeira de 1910.
Em 2011 a Igreja Matriz de Santo Antônio completa 162 contendo os mais variados detalhes arquitetônicos e é de uma beleza estonteante que a destaca entre as igrejas matriz do Baixo Amazonas.
Fonte: Programa da festa de Santo Antônio, 2003.
2 Comentários:
Oi, Professor Jefferson.
Legal seus textos. Gosto muito de lêr e encontrei nesse espaço muita coisa interessante que vale a pena lêr. Coisa rara na rede atualmente. Gostei muito também da parte visual de seu template, tive um trabalho danado com o meu e ainda não tá legal.
Estarei seguindo e acompanhando seu trabaho. Se desejar conhecer meu projeto no Construindo História Hoje. Fica aqui meu convite: http://www.construindohistoriahoje.blogspot.com
Saudações cordiais.
Leandro CHH
Boas Leaandro CHH,
Fico feliz por gostares e estares seguindo o meu blog. Saibas que o seu blog também é muito bom e já o estou seguindo e também sempre acompanharei suas postagens.
Abraços.
Postar um comentário