O Dia Internacional da
Mulher é comemorado no dia 08 de março pelo fato de ser associado a dois fatos
históricos: o primeiro foi a manifestações de operárias nova-iorquinas ocorrida
em 1857 (alguns datam de 1908) e o segundo a um incêndio em uma fábrica têxtil
também em Nova York nesta mesma data que ceifou a vida de aproximadamente 130
tecelãs.
Apesar de esses fatos
terem sido marcantes, é importante lembrar que eventos de lutas feministas são
bem anteriores a esses dois fatos.
Desde o séc. XIX
organizações feministas já protestavam contra as exaustivas jornadas de
trabalho (15 horas em média), os míseros salários (as mulheres recebiam até um
terço do salário dos homens) e o trabalho infantil, introduzidos pela Revolução
Industrial.
Em 1908, nos Estados
Unidos, foi celebrado o primeiro Dia Nacional da Mulher, quando cerca de 1500
mulheres aderiram a uma manifestação em prol da igualdade econômica e política
do país.
Em 1910, durante a II
Conferência Internacional de Mulheres Socialistas na Dinamarca, foi aprovada
uma resolução por mais de cem representantes de 17 países para a criação de uma
data anual para a celebração dos direitos da mulher com o objetivo de honrar as
lutas feministas.
Durante a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918) mais protestos feministas surgiram em todo o mundo,
mas foi na Rússia, que no dia 08 de março de 1917, aproximadamente 90 mil
operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II, devido as más condições de
trabalho, fome e a participação da Rússia na guerra. Esse protesto ficou
conhecido como “Pão e Paz”, consagrando essa data como Dia Internacional da
Mulher, embora ela só tenha sido oficializada em 1921.
Em 1945 a Organização
das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional sobre os
princípios de igualdade entre homens e mulheres.
Em 1975 comemorou-se oficialmente
o Ano Internacional da Mulher e em 1977 o dia 08 de março foi reconhecido oficialmente
pelas Nações Unidas.
No Brasil, desde a
década de 20 já havia movimentos em prol dos direitos da mulher e esses
movimentos ganharam força com os movimentos sufragistas das décadas de 20 e 30,
que conseguiram o direito ao voto com a promulgação da Constituição de 1932.
Na década de 70 surgiram
organizações que tinham em pauta a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e
a saúde da mulher.
Em 1982 foi criado o
Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, em 1985 foi construída a
primeira Delegacia Especializada da Mulher e no dia 22 de setembro de 2006 foi
sancionada a lei 11.340, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha.
Apesar das inúmeras
conquistas alcançadas ainda há muito a ser conquistado. Que essa data seja
marcada não só por comemorações, mas também com os mais variados movimentos
para que, quiçá um dia, as mulheres possam ter verdadeiramente, os mesmos
direitos que nós homens.
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