Tragédia ocorrida há mais de 2 mil anos ainda causa polêmica entre os estudiosos.
Segundo o relato do historiador Flávio Josefo, uma grande tragédia
ocorreu no ano de 73 ou 74 a.C. quando 960 judeus zelotes tiraram suas próprias
vidas no monte Mossada, localizado no litoral do Mar Morto, para escapar do
cerco do exército romano. A decisão foi tomada pelo líder do grupo, Elezer Bem
Yair. No entanto, como o suicídio é proibido pelas leias judaicas, ele teve que
ser planejado com o máximo cuidado: todos os homens assassinaram suas esposas e
filhos, depois escolheram dez deles para matar o restante e, finalmente, um
matar os outros nove. Esse último incendiou a fortaleza, acabando, assim, com
sua própria vida.
Esse relato não deixou de gerar
polêmica entre historiadores e arqueólogos com relação à sua veracidade. O arqueologista
israelense Yigael Yadin, da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirma que a
história é real e, para isso, baseia-se nos elementos encontrados durante uma
escavação nos anos 60. Por sua parte, o professor de antropologia e diretor do
Instituto Arqueológico do Capitólio da Universidade George Washington, Eric H.
Cline afirma que as escavações lideradas por Yadin, em Israel, foram realizadas
para apoiar as reivindicações judaicas por terra, relacionando-as às histórias
bíblicas, com um propósito político claro.
Outro sociólogo da Universidade
Hebraica de Jerusalém, Nachman Bem-Yahuda chegou à conclusão, em seus livros “The
Masada Myth” (“O Mito de Massada”, na tradução) e “Sacrificing Truth” (“Sacrificando
a Verdade”, na tradução), de que Yadin havia cometido muitos erros em suas
interpretações (talvez de forma intencional), com o objetivo de construir um
discurso nacionalista que ajudasse a criar a identidade de Israel.
São muitas as opiniões de arqueólogos, sociólogos e historiadores que apoiam
ou desmentem a veracidade do relato de Flávio Josefo. Contudo, ainda não há
certezas a respeito desse tema, e o mistério continua.
Fonte: Seuhistory.com
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