1

A derrota de Hitler não começou no "Dia D".

Foto cedida pela família Sakaguchi
O dia 06 de junho de 1944 é considerado o grande divisor de águas da 2º Guerra Mundial, pois foi nessa data que ocorreu o “Dia D”, a maior operação anfíbia da história, onde foram utilizados mais de 20.000 veículos aéreos, marítimos e terrestres para desembarcar mais de 185.000 soldados aliados nas praias do litoral norte da França. O número estimado de baixas dessa operação, incluindo mortos, feridos, desaparecidos ou prisioneiros, é de 6.600 americanos, 3.000 britânicos, 946 canadenses e 6.500 alemães. A partir desse dia teria ocorrido o início da derrocada Alemã e a queda de Adolf Hitler.
     Apesar de os números parecerem impressionantes, a cada dia que passa aumenta o número de historiadores que questionam que o Dia D tenha sido o episódio mais decisivo da 2ª Guerra.
Foto cedida pela família Sakaguchi
      Norman Davies, autor de Europa na Guerra, 1939-1945, corrobora com essa teoria ao afirmar que a virada dos aliados na 2ª Guerra Mundial não ocorreu na conhecida Frente Ocidental, e sim na fronteira entre a Europa e a Ásia, onde Alemanha e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS desenvolveram embates colossais que superam em número e importância o Dia D.
O “Dia A”: Às 3 da manhã de 22 de junho de 1941 Hitler quebrou o pacto de não-agressão que havia feito com Stalin e atravessou as fronteiras da URSS com 4 milhões de soldados, 3.000 tanques, 2.000 aviões e 600 mil cavalos dando início à Operação Barbarossa.   Em poucos meses os alemães conquistaram a Lituânia, Bielorússia e Ucrânia; mas com um discurso patriótico Stalin convocou camponeses, operários, mulheres e adolescentes que, armados com fuzis antiquados e com uma valentia suicida, lançaram-se contra os tanques nazistas e conseguiram infringir, na cidade de Stlingrado, a primeira derrota do exército alemão. Foi a batalha mais sangrenta da História, com 2 milhões de vítimas. Essa derrota alemã ocorreu 1 ano e 4 meses antes do Dia D.
O “Dia B”: Quatro meses após a batalha de Stalingrado os soviéticos já haviam retomado 500 quilômetros para o sul e os alemães planejaram um contra-ataque na cidade de Kursk. No dia 4 de julho de 1943 os nazistas avançaram em direção à cidade com mais de 2 mil e 500 tanques; porém foram recebidos por uma chuva de fogo, chumbo e metal disparados por canhões antitanques, lançadores de foguetes, obuses, morteiros e 5.000 tanques. Foi a maior batalha de blindados da história, que se estendeu até agosto e terminou com a vitória soviética.
O “Dia C”: Em 27 de janeiro de 1944 terminou o cerco à cidade de Leningrado, que desde dezembro de 1941 estava bloqueada por forças alemãs. Mesmo depois de 900 dias de cerca e 1 milhão de russos mortos, os alemães não conseguiram conquistar a cidade e amargaram mais uma derrota.
Foto cedida pela família Sakaguchi
 O “dia E”: Em 22 de junho de 1944 os russos lançaram a Operação Bagration, onde mais de 2 milhões de soldados soviéticos avançaram contra Berlin. Nos últimos meses da guerra a União Soviética já havia conquistado a Letônia, Estônia, Lituânia, Polônia, Hungria, Romênia e a metade oriental da Alemanha.
     É claro que a ofensiva soviética não teria o mesmo efeito se os Aliados não tivessem desencadeado o Dia D, mas é importante reconhecer que os principais combates ocorridos na 2ª Guerra ocorreram entre alemães e soviéticos. Dos cerca de 3 milhões de soldados alemães mortos na guerra, 75% tombaram lutando contra a URSS.
FONTE: Revista Aventuras na História.

1 Comentário:

sad wings of life

Boa a matéria,mas faltou falar da batalha de Moscou,da Inglaterra,e a invasão americana/inglesa do norte da Africa e do sul da Italia. :)

Postar um comentário

 
Todos os direitos reservados © Fazendo História
© Template por
Mundo Blogger