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Como morreu Lucy, o fóssil-celebridade de 3,18 milhões de anos.

O famoso fóssil denominado Lucy foi descoberto em 1974 pelo professor Donald Johanson e o estudante Tom Gray, em Hadar, na etiópia (Dave Einsel/Getty Imagens)

Lucy provavelmente morreu ao cair de uma árvore com 12 metros de altura.


Lucy, o mais conhecido exemplar de australopitecos da história, pode ter morrido ao cair de uma árvore. Foi o que descobriu uma equipe de cientistas americanos da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, a famosa Lucy; que viveu na África há 3,18 milhões de anos, provavelmente morreu ao cair de uma grande altura – aproximadamente 12 metros. Estudos sobre a vida e morte (que permanecia um mistério) de Lucy podem trazer muitas informações sobre sua espécie e a evolução humana.
A pesquisa foi publicada pela revista científica Nature. Os especialistas utilizaram tomografias computadorizadas para analisar os ossos do espécime. Ao avaliar as fraturas de Lucy, a equipe as comparou com restos mortis de outros casos clínicos. Assim, identificaram que as rupturas correspondiam com quedas de grandes alturas, mais especificadamente de árvores.
O famoso fóssil denominado Lucy foi descoberto em 1974 pelo professor Donald Johanson e o estudante Tom Gray, em Hadar, na Etiópia. A espécie é denominada Australopithecus anamensis. Lucy era fêmea de pouco mais de um metro de altura, que combinava traços humanos com características similares às do chimpanzé, e já caminhava ereta.

Esquema criado para compreensão de Lucy, hominídeo mais antigo encontrado na
 Etiópia (Divulgação)
O principal indício que auxiliou na identificação do que possivelmente ocorreu com Lucy estava no ombro direito. De acordo com os pesquisadores, um dos lados do osso apresentava uma ruptura por compressão – vistas quando um indivíduo cai de locais altos e tenta amortecer a queda esticando os braços. Com o impacto, a força é enviada até o ombro, causando pressão e, consequentemente, a fratura. Isso indica que Lucy estava consciente no momento da queda, de acordo com o antropólogo John Kappelman, líder do estudo, na Universidade do Texas em Austin.
Lucy também apresentou fraturas no tornozelo direito, ombro esquerdo, quadril, pélvis e costelas. “A morte ocorreu rapidamente”, afirmou o pesquisador. De acordo com Kappelman, o estudo traz mais uma evidência que pode esclarecer se a espécie de Lucy vivia em árvores ou naõ. A pesquisa da equipe americana sugere que, mesmo vivendo grande parte de sua vida no solo, Lucy possivelmente subia em ávores durante a noite para se proteger. “É irônico saber que o fóssil que está no centro do debate sobre o papel da escalada de árvores na evolução humana provavelmente morreu de feimentos sofridos na queda de uma árvore”, disse Kappelman.
FONTE: Veja.com

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